Continuo
as narrativas de minhas caminhadas, hoje escrevo tópicos colhidos no Parcão. É
um local diferenciado pela localização (Moinhos de Vento), frequentadores das redondezas. Todos tem horário definidos e sempre
tem gente ali, até ao anoitecer. Grupos de amigos (as)
se encontram seguidamente, para colocarem os papos em dia. Também aqueles(as) em busca de elos, é uma constate nos parques. A turminhas dos “fofinhos”, que quando se encontram,
logo perguntam: ‘- É menina ou menino. Que amor! “Quero cruzá-la, mas
não aceita, leva no Dr. Giovani que le resolve isto"
Alguma, que sabem que são bonitas,
desfilam charmosas e lépidas como borboletas flutuando à brisa primaveril, umas ousadas de bermudas de malha, quatro números menores, ajustam tanto que chegam mostrar
a anatomia da genitália e quando passam por um carro estacionado, olham e levam
a mão no bumbum. Um amigo me afirmou, que garotas bonitas, não passam frente a vitrines,
sem repetir esse gesto, vou conferir a tese dele.
O que acontece no perímetro,
não se passa no interior, onde temos o recanto das crianças, com dezenas e
babás e mães, com seus pequenos. Grupos que praticam algum tipo de ginástica,
principalmente asiáticas. Outros que deitam nos gramados, para um bronzeado.
Os papos que se ouvem também
são inusitados, duas garotas saíram da passarela e seguiram na frente,
deu para ouvi-las:“Como é, ele voltou,
não, disse-lhe para resolver o problema com a outra e os filhos, e só depois apareça lá em casa...” Uma tipo manequim caminhava com uma senhora,
e dizia: -Recebi convite para trabalho
fotográfico, procuram também uma grávida, os maridos não permitem, é um ensaio
com lingerie. A outra atalha, consigam uma grávida solteira, que é mais
fácil...” No grupo do mate, uma assídua setentona faceira ao passar, disse
- estou suando. O gaiato de pronto, é menopausa, ela que saudade daquele tempo
guris...
Depois encontrei um amigo
castilhense e ficamos num papo, até ser chamado pela pet, seu cão com hora marcado e não
compareceu. Encerramos o papo. O que acontece ao anoitecer não sei.
Na ETA era comum se agruparem, por municípios, a turma de
Santiago do Boqueirão, era uma fauna, tinha o Pato, Marreco, Pinto, Touro Mocho,
Cavalo, muns sem apelidos o Hervê, Polidoro, Bochi e Pasquoto. Não sei se
mentiam ou falavam a verdade, contavam de um fazendeiro muito rico, costumava dar auxílios
para quem pedisse. Formava bicha de pedintes, no seu portão, para evita a exploração, mandou buscar em Saão Paulo, um portão igual o do Ademar de Barros, cada um tocava uma campainha e uma mão mecânica, passava algumas moedas, se repetisse o gesto, aparecia outra com o gesto mandando tomar no.....
Outra grande era de um comerciante chamado Necessário
Frescura, apelido Sério, casado com dona Serafina Putassa Frescura, até hoje
juram ser verdade. Quando pegavam um curioso, vinha uma atrás da outra. O Hervê mais sério que nem criança cagada em beira de rancho,
confirmavam tudo. O Polidóro que só ouvia, pigarreava, tirava uma tragada no
pito e dizia, vou ler o Correio do Povo, quero escolher com o Boquinha e o
Zefa, os favoritos da domingueira.
Até hoje confirmam que tudo aquilo. Não vou tocar nas outras histórias, por respeito aos leitores.
Que gurizada medonha aquela, mesmo de Santiago, não eram bandidos nem ladrões, mas eram uns enrolões. Ainda bem que se salvaram na ETA e todos são profissionais de sucesso hoje. Gente fina.
Que gurizada medonha aquela, mesmo de Santiago, não eram bandidos nem ladrões, mas eram uns enrolões. Ainda bem que se salvaram na ETA e todos são profissionais de sucesso hoje. Gente fina.
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