Aconteceu
em Capané próxima a Cacimbinhas, cidade
pequena, todos se conheciam pelo nome ou apelido. Com clube social, Igreja de
uma torre, praça, times de futebol, lojas, café, cinema. O essencial para os
moradores se sentirem bem.
Era o império das fofocas, tudo de passava na
praça, cinema, clube ou café. Os Chagas acabavam de chegar à cidade, vindo da campanha, duas moças e um guri. Começaram a frequentar todos os locais, para se estabelecerem com comércio.
Aos domingos os moços, depois da missa ficavam na praça trocando olhares com as moças. Argemira a mais moça dos Chagas, a bem prendada, começou a chamar atenção da turma. O curtido, Carlos (Carlitos) craque do melhor time da cidade, que já havia enganado uma, com um noivado a perder de vista, sempre metido a galã, começou a namorar a Argemira. Todos diziam vais criar para depois enganar era bem mais velho e com muita experiência de vida.
Casamento marcado, preparativos para a festa tudo pronto, casa para os nubentes, carro do sogro a disposição, enxoval comprado em Pelotas, só os ricos faziam assim.
No dia
aprazado, a Igreja de Santa Margarida, lotada, Argemira no altar e nada do
Carlitos. O tempo corria e nem sinal. Os amigos já apostavam, na frente da
Igreja que ele não viria. Seu Chagas mandou o guri, ver o que se passava,
voltou sem fôlego, gritando Pai, Pai, ele fugiu no carro de praça (o único da
cidade). Foi uma tragédia. A família chorava, e falava mal do fujão, com gana
de esgoelá-lo.
Seu Chagas
chegou a casa, transloucado gritou para os convidados, a festa acabou, o
bandido fugiu e jogou fora os comes, mas não devolveu os presentes.
Hoje vive em Porto Alegre exilado, está jurado
de morte pela família.
Testamentos – Ao se abrir um testamento às vezes os herdeiros
tem surpresas e muita desavença. Sei de alguns casos e vou narrar alguns
interessantes: Um fazendeiro deixou seu testamento, para ser lido em cima do
caixão aberto. A família não aprovou o último pedido do falecido. Passada a
missa de trinta dias, foram ao Advogado da família, para ele ler o que rezava o
documento. Primeiro pedido quero ser enterrado na coxilha Verde virado para as
casas. Todos se olharam a viúva chorava e não se perdoava por não cumpriro desejo
dele; Divisão do campo, a casa e o campo da frente e dos fundos para minha
querida esposa; A invernada Alta, para o fulano, a do arroio para...; As ações da Swift, Armou e crição para todos; O campo da
Divisa, para minha afilhada XY, que na realidade é minha filha. Foi uma frustração
e revolta de todos. A viúva disse - "aquele
cretino não merece mais nenhuma lagrima minha. Que os bichos comam aquele cadáver".
Vou tirar o luto hoje. Segue no proximo blog.
Guaçu-Boi – Retifico a noticia da
Gruta Azul, o Jornalista Fernando Albrecht na sua Coluna do Jornal do Comércio,
passa a verdade sobre a venda do imóvel.
Foi vendido o prédio da Farrapos, a parte da Rua Gaspar Martins será
reformado para receber, toda estrutura da atual instalação. Graças aos “perdigueiros”
do Fernando, acalmamos aquele pessoal da região de Guaçu-Boi e arredores. Tudo
como antes. Vou colocar a noticia no Programa do Mensageiro. Fiquem calmos.
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