quinta-feira, 20 de setembro de 2012




Alegrete tem diversos consulados espalhados pelo mundo, onde existe um filho seu ou algum alegretino, está aberta a delegação cônsular.
Em Porto Alegre, sempre manteve sua Embaixada, antes na Rua da Praia, em endereços itinerantes. Pois funcionava de acordo com as preferências dos Embaixadores. Um que deixou saudades foi o Beto Franqueira, figura popular e prestativa, sempre com as últimas do Alegrete. Diariamente falava com mais de vinte conterrâneos. Sabia tudo. Assinava a GAZETA DE ALEGRETE(1882), repassava a ele, que depois me repetia tudo que tinha lido. Era uma figura querida e estimada por todos. Deixou saudades.
Depois de várias tentativas de substitutos, foi fundada a Casa do Alegrete, hoje a verdadeira Embaixada, que realiza jantares, bailes e atividades afins, congregando alegretenses e amigos da terra, promove a cultura daqueles pagos. O ponto significativo é na Semana Farroupilha, quando abre seu Galpão Gaúcho, no Parque Harmonia, com palestras, eventos artísticos, com os nativos. No Parque Farroupilha, aos sábados e domingos, funciona um escritório representativo da querência.
Finalmente foi estabelecida a legitima Embaixada do Alegrete.
Hoje estudam abrir outras, João Pessoa, Brasília, Rio, São Paulo, Paris e Nova York.
Na Expointer, também funciona outra Casa do Alegrete, formada pelas instituições do município, é um  ponto de encontro, dos de lá, com os de cá.

 Data Farroupilha
   

Dia 7 de Setembro, às 18 horas inicia-se, de fato a Semana Farroupilha no Rio Grande do Sul. Ao apagarem o Fogo da Pátria, a gauchada recolhe em todas as cidades, uma centelha da chama e leva para seus acampamentos, ficando ali até o dia 20 de Setembro data máximo da nossa República. O que seria uma SEMANA, na verdade é um MÊS de festas. Inicia em 20 de agosto, quando montam os galpões dos CTGs e Piquetes. Ali  tem mate, assados, comidas campeiras, fandangos e jogo de truco. Alguns promovem tertúlias musicais e de poesias e palestras da nossa cultura. O gaúcho é um povo diferente pela sua formação étnica e pelas lutas do passado, contra a opressão e a monarquia. Assim nascemos e nos criamos, com a índole de independência, mas amamos o Brasil. Festejamos uma luta de DEZ ANOS, inglória que não vencemos. Mas ali foi o nascedouro de vertentes lutadoras, que marcaram as fronteiras brasileiras, com seu sangue, patas de cavalos e lanças, levando na cabeça o Barrete Frigio, simbolo de ideais e lutas.  Nenhum estado brasileiro lutou e defendeu seu torrão como os gaúchos. Nossa cultura, costumes, vestimentas, são exaltadas nesta data. Hoje em mais de 3.000 CTG, espalhados pelo mundo, onde a gauchada, saudosa de seu torrão, rememora tudo, como se aqui estivessem.


  “VIVA O RIO GRANDE DO SUL, QUERÊNCIA AMADA”


POETA RURAL - "Um cão aqui, outro acolá/ Enquanto a matilha late/ Passa a gauchada".

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Vinhos e Carreiras em Cancha Reta




   

Carreiras

De Encruzilhada, guardo muitas lembranças do tempo de criança e juventude. Nos períodos de ferias, sempre ia para fora. Antes para o meu Avô Clodomiro, depois para fazendas de amigos.

Na Fazenda Mariana, do Coronel Honório, a convite de seu neto Carlinhos (falecido). Só não faziamos chuver, campereadas, caçadas de tatu e muita prosa no galpão da peonada. Quando tinha carreiras  no Quero-Quero, era uma festa para a gauchada, caso não matassem um. Reunião gente do Boqueirão, Pinheiro, Sanga Negra e Passo das Carretas.

 Nas barracas, as quituteiras preparavam e vendiam, pasteis, galinha com arroz.  Carlinhos, neto do Coronel (tinha +/-15 anos), tratado por senhoria, em respeito ao Avô, que era venerado, pelo prestigio político e  gestos humanitários, com aquela gente simples. O guri tinha “copa franca”, volta e meia um pastel, uma garrafa de Gasosa e eu  na carona. 

Depois da corrida principal,  vinham as da peonada. A maioria já a "meia garrafa" pelo trago, era hora de pegarmos os pingos e nos mandar, enquanto não viesse bala.

 

Vinhos –
“Vinho é uma bebida mística e de ritual, usada sempre com moderação, por sábios e iniciados”.

Em 1998, descobri o mundo do vinho, fiz curso de degustação e li alguns livros( tenho + 10) e reportei-me ao meu tempo de estudante na ETA, quando estudava  Vinicultura e Vinificação, no livro do Professor Cantalício Preto de Oliveira, que fora o primeiro gaúcho estudar a ciência na França.

Tudo  tinha mudado, surgiram muitos nacionais, os estrangeiros eram raros e caros, quando apareceu o alemão azul Liebfraumilch. Desbancou os demais,  de duvidosa  qualidade, porém de preço, despertou para o consumo do nosso vinho e levou as vinícolas saírem do garrafão.

Representava na época mais de 50% das exportações do vinho alemão. Tinha “caráter agradável enganador". O legitimo Liebfraumilch, de qualidade indiscutível,  é produzido num vinhedo de 13 hectares, na cidade de Worms, na Alemanha. 

Fiz na ocasião uma série de dicas para leigos (onde me incluía), para enfrentar  com argumentos uma leva de ENOCHATOS que surgia. Voltarei ao assunto noutra ocasião.

“O leite da mãe querida” prestou um bom serviço ao vinho brasileiro.

 

sábado, 15 de setembro de 2012

MAR AZUL

Foto: MAR AZUL Hoje 15 de Setembro, aniversário do Imortal Tricolor, era para ser um simples abraço, no Estádio Olimpico Monumental, terminou num paredão humano da massa tricolor, na despida do velho Estádio. Foi emociante. 

Dia 8 de Dezembro inauguramos nossa ARENA, jogando com o Hamburgo da Alemanhã. Não se destina, nem ofertamos para jogos da Copa. 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Parque Farroupilha

PARQUE FARROUPILHA - Recanto com o chafariz doado pelo Governo da França, em 1935, nas comemorações do Centenário da Revolução Farroupilha. Epopeia que durou 10 anos, com lutas, vitorias e derrotas e muitas mortes e terminou com a assinatura da PAZ. Fomos perdedores, mas cultivamos nossas tradições, republicanas e de liberdade, a ideologia do gaúcho era expressa, pelo “Barrete Frígio” na cor vermelha, simbolo  das lutas dos gregos. Que ficou eternizado, aqui, como o grito libertário por justiça. Ideologia assumida pelos Maragatos, (lenço vermelho) grupo que mais tarde criou o inesquecível PARTIDO LIBERTADOR, em cujo distintivo aparece o barrete vermelho.