segunda-feira, 28 de maio de 2012


     O Parque Farroupilha (Redenção) é um local com muitos grupos alternativos, pelas manhãs é mais saudável, pelo ar puro e o canto dos pássaros. Mas nem por isto deixa-se de testemunhar cenas da sociedade moderna, onde pares se beijam como fossem homens ou mulheres. As maiorias adolescentes que “matam” aulas.
      Ao caminhar, nos deparamos com diversas tribos;      Os “astrounafenados”, que falam de suas mamarias e safenas deslocadas; Militares da reserva, que falam de seus comandos e das “caronas” que sofreram na carreira; A turma de Suez, que luta para ser tratada por expedicionária; A do mate e fica toda manhã, frente ao Monumento: As SDV (solteiras/desquitas/viúvas), sempre a procura de algo perdido. A terceira idade, com caminhadas e exercícios acompanhados por professor. A da cachorrada, falando dos hábitos e preferências de seus amiguinhos. Como só caminho e não estaciono, observo tudo isto e mais “outras cositas”. (contínua no próximo Blog).

   Estivemos na Conferência de Rotary, em Santa Cruz. Além das palestras, é um momento de reencontro de velhos  amigos, colegas e conterrâneos e de confraternização.
      Na palestra de segurança pessoal, nos perguntávamos, porque um político aqui?  Veio à resposta à medida que iniciou a falar. Foi impactante, pela objetividade e forma de comunicação, contando sua vida e o drama a partir de um acidente de trabalho, que lhe custou CTI, um ano e meio de internação, trinta e oito cirurgias. Num ato de descuido, uma descarga de alta tensão, lhe custou à perda de uma perna e braço, restando no pé preservado um dedo, que ele chama de “Nicanor”.  Não aceitou a aposentadoria por invalidez e conseguiu superar todos os obstáculos, hoje Marcelo é Prefeito de São Jerônimo, um chefe de família bem sucedido e exemplo de superação com a proposta de levar sua campanha a todos os interessados em segurança pessoal e conhecerem com venceu as barreiras, sem depressão.
    Pela programação, só falamos com o Cônsul do Alegrete, Sr. Aquiles, por telefone, para saber notícias dos desgarrados da terra. Não consegui falar com o amigo Eloy, influente liderança local, mas que seu GPS, descobriu minha presença, ligou-me e já estava de volta. Isto acontece.
   Com amigo e colega blogueiro Azambuja, índio lá de São João do Camaquã, já no final da tarde, tivemos tempo só de dar umas relinchadas.
    O tempo é precioso e muitas vezes não sabemos administrá-lo, para aproveitar todos os momentos e dividi-los com nossos amigos. Mas fica sempre a intenção.


ALEGRETENSE FAZ O PRIMEIRO CHURRASCO NA LUA

PRIMEIRO CHURRASCO NA LUA
Vejam onde este cuera colocou a Bandeira do Alegrete. Detalhes no www.baitachaonews.com.br que colheu esta foto "in loco". Gente arrojada barbaridade e sem fronteiras, pois "O mundo é uma porção de terra e agora de astros, ao redor do Alegrete".

terça-feira, 22 de maio de 2012


CADERNOS DO EXTREMO SUL

Luiz Carlos Félix de Oliveira

    Em março de 1953, foi lançado em Alegrete, pela Editora Ibirapuitan, o “Cadernos do Extremo Sul”, com apresentação de Felisberto Soares Coelho (Fidêncio Caigoaté) , sob o título “Os Cadernos do Hélio”, com algumas indagações sobre o nome “Extremo Sul de onde? Do Brasil? Da América? Porque gaúcho, há aqui e nas republicas platinas e no Chile —a terra do frio e do salitre” Destina-se a ouvir a voz dos “Poetas do Rio Grande, que tem alma para sentir, pensar e s onhar...
  O “Caderno”, foi uma iniciativa de Hélio Ricciardi dos Santos (empresário), Diretor e Antônio Augusto Fagundes (advogado) gerente, com o objetivo de criar espaços para acolher as criações poéticas e literá-rias da terra.
  Os primeiros colaboradores para a fundação dos “Cadernos” foram: Mario Quintana (poeta), Felisberto Soares Coelho (empresário), Cyro Soares Leães (médico), Hernani de Carvalho Schimitt (empresário), advogado Antônio Brasil Milano (Assis do Vale), Enio Guimarães Campos(professor), Roberto Osório Juni-or (médico), o escritor Sérgio Faraco e outros. Era uma plêiade de poetas, escritores e pensadores. Des-te grupo, continuam ativos Hélio, Antônio Augusto e Sérgio.
   A primeira edição,com trinta e duas páginas, dedicada ao poeta Dionísio Villarinho (Amarante-PI. -1921— Alegrete– 1947) tragicamente falecido. Serviu ao Exército (oficial temporário) e fixando residên-cia em Alegrete, deixou em solo alegretense seu corpo inerte, além de um vasto acervo de sonetos e poe-sias, e seu nome em uma Rua.
   Roberto Osório Junior com rara felicidade traduziu em editorial a razão da homenagem , onde diz: - “Os versos de Vlillarinho e sua poesia nos encanta e emociona, com seus versos tristes de uma tristeza sincera e natural que desliza suavemente dos seus poemas... Aqui viveu, amou e sofreu, verbos que conjugam simultaneamente.” .
    Alegrete tinha bons poetas e escritores de diversas vertentes literárias , como:— Câncio Vargas, Pe-dro Palma, Ciro Andrade, João da Cunha Vargas, Heloisa Zambonatto, Tirteu Rocha Viana, Juca Rui-vo, Lací Osório, Suely Apratto, Alceu Wamosy, uruguaianense que se juntou ao grupo.
   No Centenário da cidade em julho de 1959, foi publicada uma edição comemorativa: -”Alegrete— a Cidade, o Rio e a Poesia—Antologia Lírica” onde reuniu diversos autores.
   Quando cheguei em Alegrete (1961), conheci parte desse grupo. Era uma época em que a literutara e poesia preenchia o tempo, hoje ocupado pela televisão. Enquanto os “Cadernos”existiram foi um suces-so. Naquela época, talvez tenha sido a única publicação no gênero. Foi para rol do “Alegrete já teve”.


Publicado na GAZETA DE ALEGRETE 19/05/2012


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Honório Lemos o "Leão do Ceverá"
(* Cachoeira do Sul- 1864 / + Livramento-1930)
Coronel Maragato, conhecido também como "Tropeiro da Liberdade" grande estrategista nas revoluções 93 e 23. Era um simbolo de bravura, que viveu entre Rosário do Sul e Alegrete. A Serra do Caverá era seu campo preferido de luta. Idealista  e liberal, se inspirava nas ideias do republicano Silveira Martins. Homem simples, foi tropeiro e pequeno fazendeiros. De poucas letras deixou-nos um livro, com suas mal traçada grafia, com o título CATECISMO a ser seguido pelos seus comandados. No entanto lia e gostava de poesias e de pensadores. Lutou contra o autoritarismo de Borges de Medeiros.
"Honório Lemes da Silva foi o tipo mais completo do guerreiro farroupilha: reto, ordeiro, honestissimo, ousado, valente e bom. Possuía uma alma enorme e um coração de ouro."
Sua batalha memoravel foi em 23, na Ponte do Rio Ibirapuitã, no Alegrete. Quando visita uma cidade com seu Piquete, era aclamado como heroi, os adversários se recolhiam. Sua Madrinha era N.Sa. Conceição, padroeira do Aleegrete. Foi aprisionado fugindo, se exilando na Argentina. Não participou da revolução de 1930, porque já estava no leito da morte, com tuberculose, doença incurrável na época, aguardando a hora final. Mas mesmo assim, ainda mandou um bilhete ao General Flores da Cunha, seu adversário, dizendo que apoiava a Revolução. Morreu em paz com seus adversários, na residência do sogro, deixando a família na maior das penurias, vivendo de favores. Os poeteas e trovadores, por questão de rima, chamavam o ídolo de Honório Lemos, dai vem aquela rima " Se as balas, vem por cima nos baixemo, se vem por baixo pulemo e se vem pelo meio nos caguemo". Diversos livros foram editados e reeditados, sobre a vida desse guerreiro gaúcho,  lido até hoje.
(Esta foto é do arquivo pessoal do Coronel Flávio Fabres, que quando jovem no Alegrete, partipava da Juventude Maragata)



domingo, 20 de maio de 2012

Meu Bom Fim

   Não é despedida, é o nome do meu bairro, tradicional local judaico, onde ficam três sinagogas e a descendência foi para zona nobres. Papai pobre filho nobre.    Já foi boêmio, o Bar do Fedor, não fechava nunca, não tinha portas, contam que quando morreu Getúlio, mandaram fechar todos os bares, tiveram que empilhar mesas nas portas.
   Funcionam aqui, vinte e duas cafeterias, nunca vi nada igual, agora abriu mais uma, todas com movimento a qualquer hora.
   Na rua os moradores se conhecem, trocam saudações e alguns conversam, parece uma pequena cidade do interior, o Bom Fim tem 40.000 habitantes, é um Oasis no seio da capital.      Conhece-se o pessoal das bancas de rua pelo nome, o Elpídio chaveiro, dona Sandra das frutas, a Maria consertando sombrinhas. A da Simone (que me guarda a Folha aos domingos) e a do Pedro, dona Bia com suas flores, e a dona Juraci, que limpa três pequenos prédios e conhece a todos, chega cobrar um cumprimento, quando um despercebido não retribui. Tudo é gente amiga e alegre, nas lojas os atendentes conhecem os fregueses.
    Os que se mudaram, voltam seguidamente aqui, meu amigo General Campos, com quem troco opiniões, é um que sempre encontro ou no Super ou na banca do Pedro. Alguns ao se mudarem conservaram seus Box, facilitando o estacionamento. É um caso para os sociólogos estudarem....
    Um cartão perdido no Super, normalmente é devolvido a gerencia. Aqui se tem tudo o que se precisa, no eixo das ruas Oswaldo/Felipe/Fernandes Vieira/Ramiro.
    Este é o Meu Bom Fim, depois dessa ode toda, a minha rua passou a ser divisora de bairros, e a numeração par pertence ao Bairro Rio Branco, pode uma agressão dessas. Vamos à luta.

 Divisão do Trabalho nas Estâncias Gaúchas (Século Passado)
Este capitulo é para 98% dos meus leitores que não conhecem a vida da nossa campanha.
A vida pastoril gaúcha é bem diferente do que muitos imaginam, nas estâncias sempre existiu organização, com o patrão ainda vivo, depois vira “A Casa de Viúva” e todos palpitam. A teoria de Adam Smith, do século XIII, que estudei em economia sempre foi aplicada, por lá, que é a divisão do trabalho. Assim cada peão tinha sua responsabilidade especifica, Hoje com advento da informa ática, celular e outras parafernálias as coisas mudaram, vejamos como era:
Capataz– Um peão graduado, responsável por transmitir as ordens do patrão deve prestar contas de todas as atividades da fazenda.
Peão Campeiro – Especialista no serviço de campo, que cuida os rebanhos, tem que ser bom cavaleiro e laçador, obedecer às ordens do Capataz e comunicar os fatos acontecidos.
Domador ou Ginete- Peão às vezes contratado, só para o trabalho de domar potros, podendo morar ou na fazenda. O serviço só é dado por pronto, quando o animal estiver, manso. Hoje com a doma racional, estão desaparecendo.
Guasqueiro– O artesão em couro fazia apetrechos transados ou costurados a tento.
Tropeiro - Tinha que ser bom campeiro, para conduzir tropas, chefiados por um Capataz, que ganhava o dobro do peão. Com o advento dos caminhões boiadeiros, estão desaparecendo.
Alambrador – Especialista em fazer cercas de arame, trabalham por empreitada.
Agregado ou Posteiro - Morador em pontos estratégicos da estância, chamado Postos, normalmente peões campeiros casados.
Peão Caseiro – Responsável pelo leite, arredores da casa e galpões, carneava o consumo e  geralmente  casado ou amante da cozinheira, sempre gordo e lustroso. Um faz tudo.
Tumbeiro ou Ligeiro – Conversador que se arranchava nas fazendas, com a bondade do patrão. Não esquentava banco e não eram muito chegados ao trabalho, fazia pequenas "changas.
No próximo Blog continua....

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Esta foto apareceu na Zero Hora, tomada na cidade de Pelotas de um Assado no Couro.
Em Encruzilhada do Sul, o Coronel Honório Carvalho, (avô da Clotilde) oferecia em seus aniversários, dia 28 de janeiro, para centenas de convidados ( os ricos eram convidados e os pobres iam pelo cheiro). Abatia sempre uma novilha de sobre-ano. As festas realizavam-se em sua estâncias (Santa Fé, Tarumã ou Mariana) no fim da vida só restou a Mariana de fininho.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

CORRESPONDÊNCIA



Algumas respostas às centenas de mensagens recebidas

Das FloresAlegrete, RSAcompanho teu blog, mas nas enchentes do Passo do Meio, não consigo abri-lo aqui na estância. Bueno “taura macanudo”, falarei co o Prefeito Erasmo, para resolver esse problema. Aguarde.

A. de Barros – J. De Castilhos, RSNão achei aquele assunto no teu blog. Criatura deve estar lendo sem óculos, observa.

Jararaca – Gaspar Simões – RS - Consegui acessar finalmente teu Blog. Deve ser papo furado tchê. Viu como me lembrei de ti nos causos. Não esqueça de trazer aquele cordeiro, que vou assar no dedo.

Melão – S.Paulo – SPPatrão morro de risadas dos teus causos. Mas como sabes meu sobrenome? É muito bom rir, no mínimo três vezes ao dia. É melhor que Sal de Fruta Eno, para mal humor.

A.kills – Ibiraquera – SC - Tens muito amor ao “Baita Chão”. Sim, amigo é minha Pátria adotiva e sempre foi generosa comigo.

Alci J.Schiner – Osterröfeld – AlemanhaEstou reapreendendo português contigo, Patrão. Mas será possível, até na Alemanha sabem meu sobrenome. Oi Alemão, podes mandar tuas mensagens na tua língua, que o Professor Google traduz.

General Flabs – João Pessoa – PB Desejo continuar recebendo teu Blog, amigo. Quanta honra para este pobre mortal, ter um leitor de tão alta patente, lá na terra que não faz inverno.

Poeminha – Floripa – SCGosto muito dos teus causos, continua postando. É muita bondade tua querida.

Roger Var El – Serra da Mantiqueira – MG Sabes que graças ao companheiro Lula agora têm luz e internet aqui, em nosso local de contemplação. Que ele siga te fazendo milagres, para nós não fez nada.

Tomardes Domigs – Ingleses – SC - Estou te acompanhando teus devaneios. Não perde tempo rapaz, vai caminhar na praia e juntar tatuíras.

Zé da Palma Velha –Alegrete –RS – Estou sempre me informando no teu Blog. Mas tchê, o seu Lalo e dona Maria, sempre diziam que ai tem muitos panelões de ouro. Não perde a esperança um dia essa “burra” chega aos teus pés.

Luiz do Piquiri – Encruzilhada do Sul – RS - Está do tio Xiruca eu não sabia. Memória curta é a idade. Quando vieres traga umas traíras, daquelas cascudas do Piquiri.

Galo Velho – Camaquã – RS - Tua escrita parece que tem a mesma vertente das minhas. Capaz, quem chegaria perto de ti, meu mestre. Dias passado te vi tropeando com o amigo Aza, ali na costa do Sutil. Um abraço índio velho.

M. Igreja - Rio de Janeiro - RJ - Deves usar mais termos gaúchos no teu Blog. Não posso meu caro amigo, pois a minha escrita é universal. Pastor Macedo me leva livre tá.

J.B. - Belo Horizonte - MG - Mestre continue produzindo teus formidáveis textos. Como nossos ex-alunos são amáveis e tolerantes. Se encontrares o Bosco ai nas alterosas, dá meu abraço e diga que vou esperá-lo para a inauguração do Novo Templo Tricolor. Aleluia irmão.

M.Von - Encruzilhada do Sul -RS - Gostei do teu texto sobre política. Aqui muita gente precisava ler. As cabeças continuam as mesmas. Oi M.Von é praga do Padre Pacheco, quando foi expulso da cidade no lombo de um burro, fogo e banda. Um dia conta está história.

Cabo Asch – Lucas do Rio Verde – MT- Oi Patrão estamos em Plácido de Castro, AC, passamos pela América Latina e todos os estados brasileiros, de Moto-Home. Acredita amigo, que até aqui chega teu Blog. Este sabe tudo, vou aproveitar aqueles causos um dia Cabo, continua mandando noticias, vivente. Para um pouco, para trocar óleo do motor.


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Blog 33


MADAME CORUJA -  Agora, principalmente em nossa orla oceânica, surgiu a paixão pela corujas, um animal inofensivo, que “que não cheira nem fede”. Alimentam-se  principalmente de besouros(cascudos),  coleópteros de asas duras (joaninhas, vira-bostas, megadomas).  Hoje seus territórios são intocáveis, como as terras indígenas e de carambolas. Tudo começou num Réveillon, quando na Praia de Capão da Canoa, foi abortada a tradicional queima de fogos à meia noite. Uma petição de moradores, em juízo sustou a prática. A queima seria na área onde um casal de corujas tinha morada.  Daí todas as praias demarcaram e cercaram as tocas de corujas, como coisa que as aves fossem embora, por causa de foguetes.  Sempre queimaram fogos nas areias do litoral, nunca se constatou que as corujas debandassem de seus paradores, nem os furões abandonassem suas galerias.  Venceram as corujas, hoje são senhoras do pedaço, com o cartaz: “Área de Preservação da Natureza, Proibido Entrar”. Nossa geração foi extrativa e caçadora, hoje hábitos primários foram abandonados, antes até os “tico-ticos” eram  churrasqueados. Viva a natureza.

SERAFIM- BOI – Crie-me, em Encruzilhada do Sul ouvindo lendas e estórias passadas, contadas por gerações. Entre tantas, lembro-me o que diziam do tal  “ Serafim-boi”.  Agora sei que o próximo existiu mesmo. No livro “Memória Encruzilhadense – Ozy Teixeira”, seus filhos Dione, Flávio e sobrinha Alice Moreira, resgatam uma crônica assinada por ele, em 1949 no semanário A Semana. Ali consta que, “ Serafim era capaz de comer numa noite um terneiro de sobre ano, tomando mate  todo tempo. Pela manhã restava no galpão, um monte de ossos e erva mate usada”. Ainda fazia a proeza de “colocar água em ebulição na boca e lançar sobre um cão, produzindo a queda do pelo”. No livro O Galpão do encruzilhadense Doutor Darcy Azambuja, consta esta façanha.

Era um índio velho, como diziam Tumbeiro que viveu em várias estâncias e seus últimos dias na fazenda do Coronel Juca Teixeira, seu protetor, no Irui naquele município, onde faleceu no início do século XX. Não dá para duvidar de nada, pois gaúchos valentes sempre existiram.

SEU TAUBINHA – Aqui vai mais uma da ETA, e as histórias de internato, pois convivíamos, alguns anos juntos, os que vinham de outros escola, apenas três anos. Todos se consideravam irmãos e muitos parceiros. O que acontecia com um, todos ficavam sabendo e  tinham muitas história. Seu TAUBINHA era o apelido do marceneiro chefe. Ficava “buzina”, quando um gaiato, assim o chamava. “Bixos eram todos os que ingressavam no Curso Agro Técnico. Numa hora de “trotes”, no início do ano, chamaram o saudoso Dionísio que viera de fora, e não conhecia ainda as malandragens da Escola. Mandaram  na marcenaria procurar o Seu TAUBINHA  e pedir uma tabuinha, para prateleira de armário. O Bixo obediente foi. Perguntou quem dos senhores é o Seu T.., ele salta e diz horrores para o novato, que pensou, até aqui vou receber trote. Prosseguiu vim aqui para conseguir com o senhor uma tabuinha... foi o que bastou, para  bota-lo porta  fora e ir a  Direção registrar o ato de desrespeitoso do “ inluno mal criado”. Esta foi o Olmes Bica (Jararaca) que me lembrou.

(Panelão em Serafim Boi fazia fervido dos ossos que sobravam do assado)