Cartas ao Heitor Santos Filho*
Luiz Carlos Félix de Oliveira
CORREIO DO POVO DA LATA
Órgão independente e de circulação em todo o território, aonde chegava a “GAZETA DE ALEGRETE”. Foi uma obra prima do Barão de Katutinha e outros colaboradores anônimos, nunca revelado por ele, muito apreciado enquanto durou e deixou saudades.
Agora se esboça um movimento, para reerguer aquele periódico e foi formada uma comissão, de alegretenses e alegretinos desgarrados, para convencerem o Barão.
Homem sóbrio, enquanto dorme, reservado, quanto não dispõe de uma caneta e um papel por perto é difícil de ser encontrado. Figura respeitada e ninguém ousariam interpretá-lo na rua, e perguntar porque encerrou a circulação do “CORREIO DO POVO DA LATA”.
Pois bem, a comissão de notáveis, saiu em busca do dito cujo. Em Porto Alegre foram ao Lagache Hotel, de portas cerradas. Ao guarda da rua, perguntaram, onde andava o Sizenando, antigo dono do hotel e amigo do Barão. Agora é o dono do Embaixador respondeu. Pensaram o Barão está grã-fino agora, parando naquele local. Chagaram a recepção e informaram que há muito não aparecia.
Decidiram tomarem uma nave Planalto e flutuaram para o “Baita Chão”. Chegaram, deram algumas voltas noturnas na praça sem encontrá-lo. Foram direto ao Povo da Lata, estava avassalado pelo progresso imobiliária, que tristeza para o velho Barão. Que nada era agora do ramo imobiliário, disse o Pio o mais antigo do Povo.
Talvez andasse pelos Canudos. Mais uma caminhada perdida. Alguém do outro lado da rua, gritou, a noite está no Bife Sujo, pois gosta de uma mesa de bar. Não encontraram o tal bar. Por derradeiro percorreram a Rua Nina e nada de Barão.
Tarde da noite recolhidos um acordou e avisou os demais, deve estar no “Bar Parati - 24 horas”. Chegaram e receberam a informação, acaba de sair, foi tirar uma soneca, já eram 6 horas da manhã.
Confabularam, como é difícil encontrar poetas, talvez por que estão se tornando mais raros e se preservam como ermitões, para criarem frases lindas e coloridas em suas poesias, cheias de perfume e amor do princípio ao fim. Ave Cesar.
Dizem que passou a usar o nome de família e outros pseudônimos para não ser assediado e poder andar pelas ruas e escrever sem ser molestado.
Decidiu a comissão, voltar em outras oportunidades, pois desejam uma entrevista e o compromisso de que o CORREIO DO POVO DA LATA voltará na forma de um livro, com todas, as pérolas e os poemas editados pelo Heitor, Hélio e o Barão de Katutinha, que trio maravilhoso.
*É um dos pseudônimos de Hélio Riciardi dos Santos – Um Poeta da Aldeia.
Felix, mu amigo. Tenho lido teu blogue. Tuas matérias não deixam a menor dúvida de teu amor pelo Alegrete.
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