segunda-feira, 30 de abril de 2012

 
Fogo de Chão onde SERAFIM BOI, traçava um terneiro de sobre ano
e uma saca de erva de 15 kg. das 17 as 7 horas do dia seguinte.
O que sobrou da noite, seu banco era uma cabeças de boi manso.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Blog 32

Cartas ao Heitor Santos Filho*

Luiz Carlos Félix de Oliveira

CORREIO DO POVO DA LATA

Órgão independente e de circulação em todo o território, aonde chegava a “GAZETA DE ALEGRETE”. Foi uma obra prima do Barão de Katutinha e outros colaboradores anônimos, nunca revelado por ele, muito apreciado enquanto durou e deixou saudades.
Agora se esboça um movimento, para reerguer aquele periódico e foi formada uma comissão, de alegretenses e alegretinos desgarrados, para convencerem o Barão.
Homem sóbrio, enquanto dorme, reservado, quanto não dispõe de uma caneta e um papel por perto é difícil de ser encontrado. Figura respeitada e ninguém ousariam interpretá-lo na rua, e perguntar porque encerrou a circulação do “CORREIO DO POVO DA LATA”.
Pois bem, a comissão de notáveis, saiu em busca do dito cujo. Em Porto Alegre foram ao Lagache Hotel, de portas cerradas. Ao guarda da rua, perguntaram, onde andava o Sizenando, antigo dono do hotel e amigo do Barão. Agora é o dono do Embaixador respondeu. Pensaram o Barão está grã-fino agora, parando naquele local. Chagaram a recepção e informaram que há muito não aparecia.
Decidiram tomarem uma nave Planalto e flutuaram para o “Baita Chão”. Chegaram, deram algumas voltas noturnas na praça sem encontrá-lo. Foram direto ao Povo da Lata, estava avassalado pelo progresso imobiliária, que tristeza para o velho Barão. Que nada era agora do ramo imobiliário, disse o Pio o mais antigo do Povo.
Talvez andasse pelos Canudos. Mais uma caminhada perdida. Alguém do outro lado da rua, gritou, a noite está no Bife Sujo, pois gosta de uma mesa de bar. Não encontraram o tal bar. Por derradeiro percorreram a Rua Nina e nada de Barão.
Tarde da noite recolhidos um acordou e avisou os demais, deve estar no “Bar Parati - 24 horas”. Chegaram e receberam a informação, acaba de sair, foi tirar uma soneca, já eram 6 horas da manhã.
Confabularam, como é difícil encontrar poetas, talvez por que estão se tornando mais raros e se preservam como ermitões, para criarem frases lindas e coloridas em suas poesias, cheias de perfume e amor do princípio ao fim. Ave Cesar.
Dizem que passou a usar o nome de família e outros pseudônimos para não ser assediado e poder andar pelas ruas e escrever sem ser molestado.
Decidiu a comissão, voltar em outras oportunidades, pois desejam uma entrevista e o compromisso de que o CORREIO DO POVO DA LATA voltará na forma de um livro, com todas, as pérolas e os poemas editados pelo Heitor, Hélio e o Barão de Katutinha, que trio maravilhoso.

*É um dos pseudônimos de Hélio Riciardi dos Santos – Um Poeta da Aldeia.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Blog 31

Casamento na Policia -  Cacimbinhas uma  comunidade promissora, tinha suas peculiaridades, com relação a matrimônios. Durante muito tempo, os filhos dos ricos casavam entre si. Famílias, grandes, muito campo, poucos trabalhavam, não estudavam. Com o crescimento natural das novas famílias, as estâncias iam sendo divididas e subdivididas, e em três geraçõe desapareciam os fazendeiros. Prevalecia a lei do mais forte, uns compravam, outros vendiam, os que compravam permaneciam ricos e os que vendiam, viravam “cidadãos” (iam para o povo). Era a velha sentença: -Avós ricos, filhos nobres, netos pobres. Por lá existia três tipos de casamentos, religioso, civil e na policia. Normalmente as duas primeiras cerimônias eram masi comuns. A terceira forma, só naqueles casos em que os namorados, pulavam a cerca e se serviam antes da hora. O rapaz, não dizia os motivos, mas ameaçava não casar, para reparar o mal. A família da moça, ferida na sua honra, apelava ao Coronel Fagundes (conselheiro mor da comunidade, que ajeitva tudo) que falava com o “atropelador” e se não o convencesse. Ai só restavam responder processo ou fugir. Uma mãe solteira era discriminada na família e sociedade. Imaginem esta lei cacimbinhense sendo aplicada hoje.

Política – Quem fez ou participou de política partidária, se desejasse, poderia escrever um livro com tudo que testemunhou ou foi agente. O político é como uma lâmpada acesa, enquanto tem luminosidades, atrai todos os tipos de insetos voadores. Depois que apaga-se, ficam no ostracismo. Esta consciência todos deveriam ter, pois é inexorável seu fim. Por isto deve-se sempre estar numa função, saber que não lhes pertence, e um dia voltará ao seu lugar. Para ingressar na vida politica, tem que aproveitar a passagem do "Cavalo Encilhado" e saber a hora de sair. Hoje politica, não é arte nem ação pelo bem comum, passou a ser o que todos os dias vemos e assistimos na midia. Virou emprego e porta para a corrupção. É triste, pois os bons cada vez mais irão se omitir de participar e triunfarão os demagogos, pensando em fazer seu futuro.

Camargo – Noutra oportunidade falei desse Maragato, do eixo Alegrete – Porto Alegre. Era folclórico, se prestava para servir, mas sempre esperando algum retorno, “não pregava prego sem estopa”. Certa vez ia para o Alegrete de trem, segunda classe, quando partiu o comboio, vinha em disparada pelo corredor uma gaúcho, filho de um grande estancieiro de lá. Enxergado o Camargo sentiu-se salvo. Nas suas pegadas um tipo forte de Uruguaiana, ao pedir socorro o conterrâneo levantando-se, com aquela voz grossa e volumoso corpo, gritou, quem bater neste guri bate em mim. O outro deu meia volta e se mandou. A arruaça era consequência de uma desavença no Maipu, por causa de mulheres, o alegretense, dando um soco no rosto do rival, aproveitou a confusão e se mandou. Mas nunca imaginou que iriam viajar juntos. Falaram com Chefe de Trem, pagou passagem para que o Camargo fosse sentar com ele na primeira classe, de gurda-costas. Chegando na estação o inimigo seguiu viagem. Ele desceu, agradeceu ao amigo, pela proteção. Deu até logo, e o Camargo, falou, não tu não vais só, eu vou te levar e te entregar ao teu Pai. Não deu outra, contou o acontecido com aumento a potencia N e por muitos anos, cada vez que visitava a cidade, “mordia” o velho estancieiro, pois tinha salvo seu filho mais moço.


Para os alegretenses, alegretinos, uruguaianenses e lindeiros


                                          
        Escolha o tamanho para  visualizar esta foto, com os detalhes sobre o Rio Uruguai.
Esta matéria já andou em outras publicações, agora estão me pedindo para colocar no Blog.
Que gente exigente os meus queridos leitores. Aqui vai.

Depois da tentativa de "Invasão do Alegrete", por um grupo da Vila de Uruguaiana, estancieiros e arrozeiros da Capital Farroupilha, resolveram construir esta ponte, para seus fins de semana em Buenos Aires e facilitar a vinda dos argentinos, para as Praias do Rios Ibirapuitã, Caverá e Ibicuí.

 Desta feita Alegrete ficará diretamente ligada a Capital Portenha. Evitando com isto novos conflitos, com os vizinhos dos Correntinos. Que passam fechando a Pinguela sobre o Rio Uruguai, ( que eles chamam de Ponte Internacional), com greves aduaneiras. Prejudicando a exportação de nossa lã e couro salgado, que baldeamos para o outro lado.  Guerra é guerra, dizia o velho Tálico, sentinela mais avançado, lá  na fronteira com a Vila e morador ali do Carvoraci.

A obra foi realizada com mão de obra chinesa, mais barata, eficiente e sem complicações trabalhistas, num trabalho de 23 horas por dia, com uma de intervalo. O problema que junto veio uma unidade do Exército Vermelho, para evitar a fuga dos chineses para o paraíso de cubano.

Toda esta pendenga reiniciou, com o tal filme onde rememoram  "A Invasão do Alegrete". Com frases ofensivas a reputação das "Meninas da  da Pensão da Fafá". Ferida que já estava cicatrizada, foi reaberta.

Visto o sucesso do empreendimento  a FIFA, não teve dúvidas em optar por esta extra-ordinária cidade, para sediar a abertura da Copa do Mundo. Recentemente o senhor Joseph Blatter, visitou a Capital.

 Em entrevista ao matutino “CORREIO DO POVO DA LATA”, manifestou sua surpresa pela capacidade realizadora de seu pov e aprovou a escolha imediatamente, a nova sede.

O Grêmio de Futebol Porto Alegre, foi convidado a construir a Arena, que já se encontra nos acabamentos finais e a grama crescida é mantida baixa, pela boca do rebanho de ovelhas do seu Fiuza.

Na entrada da Capital Farroupilha, está  em letras garrafais a frase "A COPA DO MUNDO É NOSSA". 

Os residentes na Vila de Uruguaiana, só poderão assistir a Copa com visto consular, seguro de vida internacional e trinta mil pilas na guaiaca.

Guerra é guerra...

LCFélix

sábado, 7 de abril de 2012

Água Amarga - nº 30

PROJETO RIO GUAIBA – Em 1982 conheci o Projeto Rio Guaíba, que tinha como meta sanear o Rio Guaiba e seus afluentes, eliminando todo o vestígio de esgoto de suas águas. O prazo inicial era de dez anos para ser concluído, achei razoável pelo vulto da obra, investimento e todas as decorrências de percurso. Passaram-se trinta anos,  e não se viu até hoje nenhum resultado. Porto Alegre vive em todos os verões ou de estiagens longas a proliferação das algas azuis, são as cianobactérias, que se desenvolvem em águas poluídas,  tóxicas, com odor e gosto repugnante. Pois bem praticamente esta é a água que servem aos porto-alegrenses agora. Tiraram as toxinas, ficaram o odor e o gosto, insuportáveis para qualquer mortal. Sempre apreendemos que a água potável, tem que ser transparente inodora e insípida. E agora como ficamos?

MARAGATO – Era o nome do cavalo crioulo de um colega lá do Alegrete, adquirido para ir a sua propriedade rural, nas proximidades  onde trabalhávamos e residiámos, na Agrotécnica.  Construiu uma estrebaria para o pingo e anexo um galpão de fogo no chão e mate. Marcou a inauguração. Ao clarear o dia, como combinado fomos matear, levei uma linguiça de quatro rodilhas, para o evento. Fogo grande, trempe para a chaleira de ferro, chucaleira (para o café) e grelha para os assados. Água aquecida, começou a correr o mate entre os amigos. Todos se olhavam e desconfiado do gosto do mate,  um levantou a tampa da chaleira e viu que a água estava turva e oleosa.  O vivente, não chegado as coisas do campo( era nascido e criado na vida urbana),  comprou à chaleira de ferro, na véspera  não lavando o interior,  protegido contra a ferrugem.  Encerrou-se a mateada, com uma gozação, ao neófito gaudério em lida campeira, terminamos a linguiça e fomos embora.  Maragato, nunca dormiu na cocheira, jamais foi a cavalo para a fazenda e mate nunca mais. O galpão ficou “almadiçoado...” como dizia o velho Dandão.
FICHA TELEFÔNICA – Na Praia da Joaquina, Florianópolis, fomos assistir um campeonato internacional de surf, "gente saindo pelos ladrões". Naquela época ( antes da modernidade), existiam poucos telefones fixos e usava-se muito o “orelhão” que funcionava com fichas, antes do advento do cartão. Um familiar buscava adquirir fichas e na lanchonete informaram o local de vendas. Foi ali e pediu trinta fichas, o vendedor destacou tíquetes e disse que família grande é a sua. Sem entender, recebeu entradas para uso do banheiro. Até hoje quando nos encontramos tomamos barrigadas de riso, lembrando-se do fato.  Uma solicitação truncada sempre causa embaraços

domingo, 1 de abril de 2012

O QUE MUDOU - Blog 29

Sementes & Farelos– A civilização incorporou dietas, que de tanto exageros tornaram-se prejudiciais à saúde, como uso abusivo dos pós-brancos e outras porcarias. O bom e saudável ficou no passado. Hoje a maioria dos povos, mudou sua ingesta, para alimentos mais leves e naturais. Os farelos e sementes que se destinavam aos animais passaram a mesa do homem. Antes a farinha “rolão”, era o pão da peonada nas estâncias, hoje da mesa do patrão. A mistura de diversos farelos e sementes virou moda na forma de Granola, mais ou menos o que se dava para o gado leiteiro e ovinos e bovinos de cabanhas. Os pães, quanto mais tipos de farinhas e grãos, mais disputados. Encontram-se alguns com mais de uma dezena de grãos. Agora estão buscando as sementes de “Quinua” que era usada pelos Incas no Peru e a “Chia” do México que os Maias já utilizavam. É a eterna procura da saúde e longevidade.


Professora Televisão – Sintetizo uma velha historinha que contava, para motivar professores em tempos passados. A viagem interplanetária do Professor Soares, que ao embarcar numa nave perdeu a noção do tempo e quando retornou a terra, tinham se passado cem anos. Não sabia onde estava,perdeu suas referências. Procurou o guia Jobim, para lhe mostrar a evolução ocorrida na sua ausência.As ruas sem carroças, só automóveis. Passaram no armazém e era um enorme supermercado, com tudo a disposição do cliente. Foram a uma igreja, o sacerdote falava e rezava de frente para os fiéis e todos entendiam. Cada porta que abriam era um choque para o Professor, tudo havia mudado, ele estava perdido no tempo. Foram visitar uma família, numerosa filhos casados e netos, todos na sala, sentados frente uma engenhoca, atentos a tudo que viam e falavam e o guia adiantou-se e disse “é a Televisão, que ensina tudo, forma de falar, vestir, comportamentos sociais e evolução da moda, atpe a hora de fazer amor”. Tudo que ela diz e faz, passa a ser seguido por muitos. Hábitos, postura e tendências que não eram aceitas e hoje são normais. Ele virou-se para o guia e perguntou e a Escola o que faz, então. Espere vamos chegar lá. Levou-o a Escola em que trabalhava. Abriu sua sala de aula e viu que nada havia mudado em cem anos. O Professor sentado à mesa ditava um texto e mandava depois um aluno ir ao quadro. O Professor sacudiu a cabeça, “dizendo aqui nada mudou, ainda é a Escola que deixei. Agora me achei…”