segunda-feira, 22 de abril de 2013

Blog 162



“Experimentem treinar vossas paciências, dando baixa em uma emergência hospitalar, fora dos sábados e domingos. Minha esposa amiga, de 56 anos de conjugação amorosa, foi surpreendida com uma infecção intestinal, quando fomos à emergência de um hospital de primeiro mundo em Porto Alegre. Tudo repleto, naquela agitação calma, se assim posso me expressar. Todos, se não medrosos, ali ficam assustados, e se fecham dentro de si. O pior é a maioria não saber ofertar seus sofrimentos, buscando reclamar de alguém, ou de alguma coisa. Mais difícil ainda é compreenderem que somos apenas uma vil matéria, abrigando "Tudo". Doze horas depois conseguimos nossa baixa, que foi uma baixaria, pois estávamos sem "lenço e sem documento". Minha paciência continuou testada, assessorando minha querida perfeccionista, num ambiente imperfeito, por mais que o bom hospital tentasse contentar seus "impacientes". Os profissionais são impessoais, o que julgo necessário, não se envolvendo emocionalmente com seus pacientes. Numa das salas enfatizou a enfermeira: "Aqui o senhor não pode entrar", ouvindo: “Quem pensas que és para separar um casal de 56 anos de união”?". Antes de terminar seu susto, concluí: "Mesmo assim eu vou permitir". Passei a matutar sobre o ocorrido, em uma cadeira fria -  Quando se ultrapassa a paixão, e até mesmo o próprio amor, para se chegar à verdadeira amizade, completamos o ciclo da vida - Então, nem mesmo a morte nos separa”.
Do Blog  www.galpaodogalovelho.blogspot.com  de Luiz Fernando Azambuja

O fato



Num shopping do Rio, conheci uma figura formidável. Pediu-me licença sentou-se, fechei o jornal que lia e começamos papear.  Contou-me do que viveu como correspondente internacional da TV  Tupi Canal 6, (repórter cinematográfico). Cobriu conflitos internacionais, foi preso na Índia, por fotografar lavadeiras sem lenço na cabeça, no Rio Gandhi.  Depois de longas temporadas voltou ao Brasil.  Passou a fazer cobertura no Palácio Monroe (demolido em 1974 e instalada a Praça Mahatma Gandhi, no Rio de Janeiro).Certo dia, o Senador Assis Châteaubriand  (Proprietários dos Diários Associados) faria importante pronunciamento como repórter mandou iluminar a acena e iniciou a filmagem. O Senador calou, interrompendo a sessão e ordenou que desligasse aquela máquina, ele não precisava daquilo. Recolheu tudo e foi para o reservado da imprensa, quando chega aos seus ouvidos  o secretário do Senador e diz, vai lá e filma o velho, caso não faças quando chegares à TV estará demitido. Levantou calmamente, tirou iluminador  de cena, abriu o máximo à lente e conseguiu colocar o Velho Capitão, no noticiário da noite. Seu nome Orlando Abreu.

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 Ponto Final


Adolescente enforca menina de 10 anos.  Outro de 17 anos, 11meses e 29 dias de idade, mata friamente um universitário.  Menor assalta de mão armada, preso vocifera: - “sou di menor”.  Antes dos familiares tirarem seus lutos, todos estarão em liberdade

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Blog 161



                                        Primeira Página
Falar em SUS é  espera, sofrimento  ou chamada para o além...   São vozes e lágrimas, que pedem justiça, nas emergências. Mas ninguém houve ou responde com atos concretos, a angústia de um povo, atingido por enfermidades. Assim caminha a saúde pública brasileira. Hospitais diminuem leitos, enquanto a demanda cresce. Até os planos de saúde, tem atendimento limitado. Para onde vamos? Está é a fotografia do momento atual que entristece a todos, até quando ,só Deus sabe. Para a Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olímpiadas, o dinheiro flui como sangue de quem está lotando as emergências. Esperar 5 a 6 anos, por uma cirurgia, e conseguir realizar é uma dádiva, enquanto muitos partem antes.
E o povo... o povo, minha gente,  vai morrendo ao buscar pelo SUS, sem poder urrar por um SOS. “ O Estado brasileiro - em todas as suas esferas - é o maior violador de Direitos Humanos e é em face disso que precisamos unir esforços e lutas!” (D.Félix)
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                              Fato
Em junho de 1972, caiu em Alegrete um caça Canberra B. 68 da Força Aérea Peruana, foi um acontecimento misterioso, que suscitou o imaginário popular, e só com a chegada do Adido Militar do Peru, ficou esclarecido. O avião se deslocava para Buenos Aires e sofreu pane no sistema de comunicação e  perdeu-se, seguindo sem rumo. A imprensa deu cobertura publicando todas as informações do  imaginário popular.  Viram, também  junto ao para queda, cair uma caixa amarela. O que seria? Algo secreto? Que invasão seria aquele? Chegaram publicar que poderia ser o  Brizola. Alguém viu uma pessoa estranha, embarcar no trem na Estação Jacaquá. Dois foram regatados e hospitalizados. Passados 28 dias, encontraram o corpo de um tripulante, semienterrado numa zona pantanosa. A caixa amarela, que procuravam, era o corpo do militar, usando macacão laranja. Anos depois o Coronel Pablo Varela, piloto daquele caça, voltou à cidade, com sua filha que recebera o nome de Alegrete, em homenagem ao povo que lhe acolheu. (dica de F.Fabres)

                                    Ponto Final

      Era hábito dos prefeitos, correligionários do Governador do Estado, visitá-lo quando na capital.  Certa vez um prefeito da fronteira, recebido no Palácio, ensejou uma pergunta do Governador - Coronel como está à zona:  – Lascou uma resposta que arrepiou o Governador.  Está especial,  chegaram três quengas portenhas e uma carioca, para a casa da Fofa...