segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

OUVI, PARTICIPEI OU ME CONTARAM - Parte III

Bento Gonçalves - Na praça, tinha a Branca de Neve e os 7 Anões. Certa manhã, o zelador avisou ao Prefeito que os Anões tinham ido para Caxias. Mas como sabes que foram para lá, deixaram um bilhete doutor: - “Fuzimo pra Cassias”... Outra noite, o zelador foi mandado a Caxias, procurar os Anões, ao encontrá-los na Praça da Matriz, recolheu-os e deixou um cartaz, “Vortemo pra Vento”.

Caxias do Sul – Os gringos de tanta passarinhada com polenta acabaram com os pássaros da região. Um dia apareceu uma pomba no parreiral do Cicilo, emocionado pegou a arma, e chumbo no bicho, errou o alvo. Desesperado ligou para o Gheno em Bento. Acaba de sair daqui um “pombom de peito rozo sem pena no rabo, se matá é meio a meio”.   

A velha ETA – Tem histórias e causos que não acabam nunca. O saudoso Dr. Mozart Pereira Soares, deixou-nos, os livros “Meu Verde Morro e Escola Técnica de Agricultura João Simplício Alves de Carvalho” e ainda tem muita coisa a ser escrita. Melão, meu xará e colega,  hoje Coronel Aviador da Aeronáutica e Cardiologista em São Paulo, manda esta: Na  Escola tinham os Ranchos para chimarrão, e outras “cositas, mas”. Ele era do Rancho Saudade, muito visado por um dos guarda noturno, pelo que aprontavam. Uma noite preparam o contra veneno, para o perseguidor dos “inlunos”.  Com a porta semi-aberta, colocaram um balde de água com outros ingredientes, na parte superior, desligaram a chave geral e iniciaram uma baderna nos dormitórios. Não deu outra, a “otoridade” ao entrar leva aquele banho. Furioso ligou a luz, entrou gritando, todos dormiam e ainda deram uma bronca, por terem sido acordados.

Honório Lemos – Coronel Maragato, grande estrategista nas Revoluções de 1896 e 1923. Nativo de Rosário do Sul preparava suas tropas na Serra do Caverá, prá banda do Alegrete.  Dava linha de tiro, defesa pessoal e uso de lanças e espadas. Iniciava seu treinamento, dizendo “se as balas vem por cima, nos baixemo, se vem por baixo pulemo, mas sem vem pelo meio nos caguemo”...  Na Revolução de 23, ficou famoso, por ter afugentado mais de mil soldados dos Chimangos, comandados por Flores da Cunha e outros Borgistas. Estava com um efetivo de cavalaria reduzido, para enfrentar tanta gente. Então ordenou a tropa, fiquem no Cerro dos Porongos, fazendo voltas ao redor, sem parar. Em seguida viu os Chimangos, parados e gritava para seus comandados, continuem indiada, mais ligeiro. O Estado Maior o Flores, foi avisado, que seria impossível enfrentar tanta gente, como tinha naquele Cerro. Receberam ordens para retornarem ao Alegrete. Por esta e por outras  Honório Lemos sempre foi considerado um bravo  se tornou um lendário guerrilheiro na Fronteira Oeste.

sábado, 21 de janeiro de 2012

OUVI, PARTICIPEI OU ME CONTARAM - Parte II

Academia – Na esteira,  duas colegas conversavam. “Acreditas ontem levei o Fulano, para almoçar. Depois do almoço. Pedi para tomar uma ducha e ele foi olhar suas mensagens. Voltei toda preparada para uma sesta e o infeliz, levanta, e alegre agradece o convite se vai... Subi num poste”.

Mesa do bar – Lindas garotas conversavam sobre a dificuldade de conseguirem namorados, quando uma lascou – “São bonitos, usam grife, tem bom papo, carros e bons empregos, mas preferem outros .”  Não se faz mais macho como antes, como dizia um guapa do Alegrete.

Campanha política – Numa cidade, visitamos uma liderança.  Perguntamos pela esposa. –“Está no Motel”. Sem comentários... Mudamos de papo, e esclareceu. – “Temos um Motel os fins de semana é o plantão dela”.  Tempos depois, ela ficou com o negócio e com o gerente.  

Assalto – Um amigo, obstetra no interior do Rio, contou-me: - Ao entrar no carro, frente ao hospital, pela porta, quando viu sentou um corpulento mal encarado, e com o revolver encostado na sua barriga ordenou: - “Segue em frente, não olha para os lados, dobra aqui, ali, para. Com é o teu nome Doutor E.P., respondeu. Não é possível, minha mãe lhe adora, nasci pelas suas mãos. Empreste-me 20,00 reais e desculpa a loucura”. Ao sair ainda disse: “Doutor nunca entre no carro sem olhar, quem está por perto”.

 Parque Farroupilha Uma senhora alimentava um bando de gatos abandonados. Passa um sem teto e diz: “Vou comer está comida”. A senhora pega uma vara e diz aqui tu não chegas. Passava na minha caminhada e parei para ver o desfecho. O miserável olha-me e diz: “Humano não tem vez aqui...”

Ainda o Seu Maria – Meu colega Melão, atento aos meus blogs, lá de São Paulo, lembrou-me de outra  do nosso querido guarda noturno, da ETA em Viamão. Internato com 120 alunos, muitos campeiros e tiradores de leite, de toda a República Riograndense e outros países lindeiros. Seu Maria na sua ronda, passa no tambo, ouviu um barulho. –“Quem taí? Um aluno respondeu – “São as vacas” ao que ele retornou, “ah bom, pensei que fosse inluno" Da para escrever um livro das nossas histórias de internato.



quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

OUVI, PARTICIPEI OU ME CONTARAM... parte I

Ao longo do tempo, vamos colecionando preciosidades do cotidiano, como estas:
- Super – Duas senhoras compravam papel higiênico, quando uma disse Maria leva este é perfumado. De jeito nenhum, me dá alergia, fica tudo vermelho e inchado...
- Feira - Perdi de vista minha mulher, quando, presumi tê-la encontrada, cheguei ao ouvido e disse farinha de arroz. Deu um grito, virou-se e “lascou, que emoção, fiquei toda arrepiada”... Constatado o engano, “montei num porco e sai sem rumo na multidão”.
-  Lotação - Duas afro descendentes comentavam, os caras da minha turma, só querem loiras. O que a outra respondeu, gostam de ver a coisa preta...
- Revista O Cruzeiro - Figura folclórica em Cacimbinhas, Zé Pi, se  intitulava  policial. Numa noite depois de umas pingas, afanou uma penosa. No outro dia, bateu a porta do dono da ave, oferecendo o produto. Não de outra dormiu no xilindró. Foi assunto no “Impossível  Acontece”, daquela revista.
- Banda Municipal, famosa em Cacimbinhas, tinha um maestro rígido e disciplinado.  Um dos seus bons músicos (tocava vários instrumentos de sopro), mas era chegado ao copo. Sempre que tinham algum compromisso, recolhiam, ao presídio, de onde saia só acompanhado do regente.
 – Seu Maria, guarda noturno da  ETA em Viamão, sempre atento aos movimentos, avisado por um aluno de algo estranho, perto do estábulo. Saiu para verificar e perguntou tem aluno ai. Não ouviu nada e de repente na escuridão viu um algo diferente e gritou se for aluno fale, se não vou atirar. Enxergava pouco não ouviu nada e lascou bala.  Foi verificar o acontecido e tinha matado o filho de sua égua que corria ao redor mãe...

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

CUBA LIBRE

  O povo cubano nada tem a comemorar, na passagem dos 54 anos da Revolução, que pôs fim a ditadura de Fulgêncio Batista. Cada vez mais pobre e escravo do estado, sem liberdade de expressão e passando as piores privações. Talvez não saiba que o muro de Berlim veio abaixo.


 A revolução de Fidel Castro e Che Guevara chegou ao poder desviando os objetivos democráticos. Implantou uma cruel e sangrenta ditadura, tornaram-se justiceiros, prenderam adversários e a quem bem entendia. Não tinham direito a defesa, eram julgados, e, sumariamente condenados ao “El Paredon” - campo de fuzilamento instalado nos estádios esportivos. Lembram?  Quantos morreram só Deus sabe...


 A imprensa internacional, que tudo registrava, foi imediatamente expulsa. A ilha fechou-se, ninguém saia ou entrava.
Expropiou os bens dos americanos e acabou com o direito a propriedade.


 Dia 1º de janeiro de 1959 foi uma data comemorada, principalmente pela juventude latina americana, mas logo veio à decepção, com o tipo de governo ali implantado.


Cuba hoje, não é nem sombra daquele passado, que mesmo com um governo corrupto, seu povo alegre desfrutava todas as benesses das nações livres. Suas avenidas, prédios, hotéis, cassinos e lindas praias, eram atrações permanentes para o turismo.


   Patrocinou a guerrilha no Brasil, no tempo da ditadura a fim de implantar a “democracia”, pelos menos é o que dizem os antigos militantes, hoje no poder.


  Vamos ter que voltar a tomar Cuba Libre, a bebida símbolo do grito de liberdade daquele povo, esperando que um dia voltem a ser alegres, livres e saibam o que as demais nações do mundo têm a oferecer. Nossa geração vibrava com Fidel, sem nunca pensar, no que se tornaria.