segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Geada no pampa

Manhã fria de renguear cusco, o gaúcho olha, para ver como será o seu dia. Para ele não tem tempo feio, pois, já nascem temperados. Os gaudérios da fronteira aguentam as baixas e altas temperaturas, tomando mate para esquentar o corpo no inverno e para refrescar no verão. Não importa se nasceram em Bagé, Santana, Uruguaiana ou Alegrete, todos parecem ser irmãos gêmeos, pelos hábitos, costumes e pilchas. É difícil passando o Rio Mampituba explicar o porquê sermos diferentes. Simplesmente pelo fato todos cultivarem suas origens, nada aqui é modismo. A moda fica para o povo (moradores urbanos). Nossos termos e linguajar diferentes, com costumes ainda mais, parecemos lá fora muito estranhos.  Ao se visitar o cone sul, tem-se a impressão que fizemos mais parte deles, do que do povo brasileiro. Talvez por sermos os únicos brasileiros que lutaram e derramaram sangue para marcar suas fronteiras.
(foto da Zero Hora, em Bagé).

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