Primeira Página
Dentro de sete anos a Europa
estará toda interligada por trens de alta velocidade, enquanto, nossas
ferrovias foram relegadas, ao invés de
se modernizarem, retrocederam. Os trens de passageiros, de luxo, foram para o
lixo.
O mesmo se passa com a
navegação lacustre e fluvial, que ficaram na saudade. A Europa neste aspecto,
também nos mostra a sua importância, até hoje,
pois nunca abandonaram, e, com barcos modernos transportam contêineres, singram rios e
lagos, num vai e vem constante.
O modelo rodoviário, o
mais oneroso, é o consagrado. Pesa para o governo manter estradas adequadas e,
a nós, nos custos finais das mercadorias. As nossas rodovias estão saturadas,
não acompanharam essa logística e o que temos são estradas sucateadas e filas
enormes de caminhões, esperando ao longo das estradas, que ligam aos principais
portos marítimos. Uma simples chata, com dois motores de caminhão diesel, é
capaz de transportar numa viagem, a carga de cem caminhões e num trem então? E
agora José, onde estão nossas ferrovias e barcos
Um Fato
Quem
viveu Porto Alegre, na década de 50/60 ainda deve lembrar-se da Rua da Praia
(que não tem praia). Aos sábado à noite os jovens, se reuniam por cidades ou outros interesses, quando
jogavam conversa fora, até surgir uma pista de baile ou festa. Então cada um
seguia o seu caminho. Os bailes, geralmente eram “furados”, na Sociedade Espanhola,
Libanesa, Gondoleiros como também na Reitoria. Mensalmente o Clube Dinamite, a
maior sociedade sem sede, oferecia um baile, e para lá iam muitos, já era fácil
entrar, no velho pavilhão da Sogipa, na Alberto Bins, pois ali sempre era encontrado
um amigo sócio. Outra opção para encerrar a noite era um filme em
Avant-première, à meia noite. Na saída a
compra do” Correio do Povo” dominical, com um kilo. Depois o lanhe na Confeitaria Matheus, que
nunca fechava Aos domingo à tarde, assistiam a saída do Cines Imperial ou
Cacique, quando desfilavam lindas garotas, que passavam encabuladas, perante a plateia de paqueradores
e piadistas.
Ponto Final
Não temos hospitais, o povo
continua morrendo nas emergências ou nos corredores, mas teremos a Copa do
Mundo, é isto ai gente...